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terça-feira, 14 de setembro de 2010

EXTINÇAO de TORDOS preocupa caçadores


A caça aos tordos é uma das modalidades que mais interesse desperta entre os caçadores portugueses, em grande parte devido ao declínio registado nos efectivos de algumas espécies sedentárias (em particular do coelho), advindo de questões de ordem sanitária.

Contudo e apesar da relevância sócio-económica que os tordos têm em Portugal, e não obstante a importância ecológica que espécies como o tordo-comum e ruivo têm sobre os nossos ecossistemas, regista-se uma grande lacuna ao nível de estudos científicos sobre os factores que condicionam a dinâmica populacional das mesmas.

Nos últimos anos a experiência de campo revela uma preocupante tendência regressiva relativamente a estas espécies, o que parece aconselhar alguma precaução no que concerne à pressão de caça a autorizar.

Preocupados com esta situação a Federação Portuguesa de Caçadores e o Departamento de Ecologia da Universidade de Évora entregaram na Secretaria de Estado das Florestas uma proposta de estudo que visa o desenvolvimento de investigação conducente ao estabelecimento de critérios para a gestão cinegética dos tordos nas suas áreas de invernada. Pretende-se assim com este projecto de investigação científica aplicada que se prevê ter inicio já em Outubro do corrente ano, e que terá uma duração total de 45 meses, dar resposta a algumas das questões que tanto têm intrigado as organizações do sector da caça.

A possibilidade de realização deste projecto único a nível europeu, revela-se de extrema importância para o sector e para o país, dado que possibilita uma gestão cinegética destas espécies, mais sustentada em bases técnico-científicas. O estudo que irá ainda contar com a participação da Universidade do Porto (CIBIO), aguarda aprovação da tutela respectivamente ao financiamento, dado que o mecanismo previsto para custear estas situações (Fundo para a Pesca em Águas Interiores e para a Caça) ainda não está devidamente concretizado. Face à relevância do mesmo aguarda-se uma resposta pronta da tutela, que permita a sua concretização quer através de protocolo com a Autoridade Florestal Nacional (AFN) quer através de recurso a outros meios de suporte financeiro.

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